quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Uma questão de Fé e Limites


Apenas um olhar perdido nos pensamentos, apenas uma voz difícil de ouvir. E tudo que me trouxe até aqui não tem a mesma força que me fez sair da zona de conforto. E buscar qual o limite faz daquilo em que se acredita inabalável, por questionar até que ponto é uma questão de fé se manter ou de simplesmente mudar os planos te causa um conflito interno. Porque saber o que te moveu até uma determinada situação é fácil. Difícil é ter certeza que foi a melhor decisão quando você olha para os lados e não se reconhece. A cidade gira e você continua olhando. Parado, como se estivesse fora de esquadro. Até que ponto se sentir tentado por saber que certas angústias são desnecessárias por existir um caminho mais simples faz da sua fé miserável? Até que ponto meus conflitos são resultados das minhas escolhas? E deixando a hipocrisia de lado, até que ponto querer sofrer menos é pecado? Porque tem dias que escolher entre um coração sereno e uma mente sã é um grande dilema. E que Deus me perdoe se isso for falta de confiança. Mas até que ponto o caminho mais difícil é a vontade de Deus? São perguntas de respostas mudas. Daquelas que você ganha um olhar cheio de reticências deitado num divã fofinho, mas com clima desconcertante que te faz querer sair correndo, mas pensa que talvez não seria uma boa ideia. E volta a falar. Hoje não tem divã. Tem azia pós almoço, sol no rosto, uma leve brisa, barquinhos na água e corpo estirado no píer. E pego no sono. Meia hora depois desperto no susto, dou risada de mim e me classifico como a Rainha do dramalhão. Pelo menos até a próxima crise. Porque até que ponto suas angústias são frutos de drama e até que ponto fazem parte de uma dificuldade real?

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