quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Necessidades ocultas

É complicado, mas apesar de apreciar o equilíbrio de uma vida estável e tranquila, preciso de algumas coisas que fogem completamente do que se pode chamar de equilibrado. São necessidades ocultas que nem eu sei ao certo como definí-las. É que pra mim, não basta um relacionamento adequado aos padrões. Isso é só o que fica bonito de se ver para quem está de fora. Eu preciso é de arrepios a cada toque, de um sorriso ridículo a cada demonstração de afeto, de olhos brilhantes a cada atitude admirável e de borboletas no estômago a cada encontro. Gosto de gente inteligente, que me faça rir, e pode até ter um humôr com um toque de sarcasmo que eu acho interessante. Só não dá pra ter uma inteligência tão apurada a ponto de ficar desafiando a capacidade alheia de se manter longe de contradições o tempo todo. Isso cansa muito. E além disso, todo mundo é um pouco contraditório. Não gosto de ter que ficar policiando as palavras. Isso prende e eu aprecio estar solta e a vontade. Sou consciente do meu jeito um tanto diferente. Gosto das coisas que muita gente não gosta e tenho aversão às coisas que muita gente daria tudo pra ter. Sim, é verdade que num sábado a noite eu prefiro estar quietinha no aconchego da minha casa, lendo um livro, ouvindo uma música tranquila. E se for o caso de ter uma comanhia, que seja quem possa dividir uma paixão.