sexta-feira, 17 de junho de 2011
Desculpas esfarrapadas
Não é porque eu falo com as borboletas e tenho um amigo invisível.Não é porque eu jogo futebol e ando com meninos.Não é porque eu sou exagerada e falo tudo que me vem na cabeça, não é porque eu me mostro interessada e te chamo pra balada nem tão pouco pela dose extra de franqueza que eu trago nas palavras.Eu não tenho medo de parecer desesperada, busco tudo que quero.Meu maior pavor é ficar na inércia, esperando tudo acontecer.Isso sim me causa agonia.Não foi a minha atitude que te assustou nem a minha insistência que te afastou.Você ficou surpreso com a minha alma.Não etendeu que ela é livre, porém, comprometida.Ficou com medo de se entregar, me chamou de louca e inventou um monte de porquês pra fingir que não fui nada.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Meu mal necessário
O desespero tomou conta de mim e já não sei como ter o controle da situação.Antes, o que me dava era o que me satisfazia e agora, não sei porque razão quero mais, além do que pode me oferecer.Apesar da minha carentice aguda, a gente sempre se entendeu assim, descompromissados porém envolvidos.Mas você foi me tomando meus espaços, meu tempo e foi tão sutil que não percebi o que estava acontecendo.Era a paixão se transformando em amor, o tesão virando carinho.E eu sei que isso não vai prestar, somos incompatíveis para amar.Somos o avesso um do outro em tudo.Você sabe o quanto eu queria ver a vida como você e eu sei o quanto queria ter a capacidade de se entregar como eu.Tem horas que você some e me deixa sozinha como se tudo fosse indiferente.E você sabe o quanto isso me irrita, o quanto eu preciso do teu humor insuportável, da sua simpatia arrogante.Parece que faz de propósito, de caso pensado.Mas eu também sei te irritar.O tom irônico das minhas palavras te deixa enlouquecido.E quando dou risada da sua cara de bravo, você não aguenta e me beija.É assim, você é meu mal necessário e eu, a sua esperança de melhora.
domingo, 12 de junho de 2011
Revendo conceitos
E eu que tanto exautei a família que escolhi, na dificuldade, os que me confortam são os da família que herdei mesmo.Sempre disse que sangue não era criador de laços, de afeto e união.Mas vejam só, das amizades que exautei, hoje, uns nem sabem o número do meu telefone outros sabem mas nem me procuram.Eu cansei dessa coisa de sempre procurar todo mundo e tentar reunir os que a estrada da vida afastou.Eles nem fazem questão de nada disso e as juras de amizade eterna ficou no passado.Acho que só eu não entendi que a eternidade que a gente tanto falava era enquanto durasse.Já com que ainda resta convívio desde o tempo em que brincávamos de vôlei, parecem mais uns sanguessuga.Pra consolar e aconselhar apenas nas horas difíceis, não precisa necessariamente de amigo.Pra isso, a gente pode pagar
terapeuta.Porque nas minhas horas difíceis são raros demais os que se mantém por perto.E no meu maior abismo, foi no sangue que encontrei abrigo.
sábado, 11 de junho de 2011
Passando a vez
Olha, não me faça essa cara de cachorro abandonado.Eu adoro cachorro, sempre que vejo um tenho vontade de fazer carinho.Não insista porque hoje eu estou indisponível.E você, quando chega, me vem cheio de mãos, cheio de língua e fica difícil escapar.E não precisa desse charme todo perguntando se isso é bom ou ruim.Você sabe que é bom.Aliás, delicioso.Mas o momento não é oportuno.Passo a vez, mas quero deixar claro que não é falta de vontade, é que o frio tá de doer e estou com preguicite aguda.Não faltarão encontros casuais pra gente se esbarrar.
terça-feira, 7 de junho de 2011
Porque desânimo acontece
Sabe, tem vezes que tudo fica tão difícil que a gente tem preguiça até pra respirar.É como nadar contra a correnteza, ficar sem fôlego e nem chegar a sair do lugar.É difícil admitir, mas chega uma hora que você simplesmente desiste e acaba se entregando.E ao ver uma flor brotando no meio do asfalto, a sensação é no mínimo deprimente e ao mesmo tempo
encorajadora.Como eu queria ter a força daquela for que diante do impossível, se mostra viva e tão intensamente capaz.E eu queria mesmo que nada me afetasse, que nada me impedisse.E como não sou a flor que brota do asfalto, por mais que eu não esteja com a melhor das aparências, estou aqui viva, ainda que fraca e despedaçada.
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